Rio das Flores - Miguel Sousa Tavares


Este foi o livro que andei a ler nos últimos tempos. Demorei imenso, e daí conclui-se rapidamente que não tive o prazer que pensei que iria ter. É bastante extenso, pormenorizado nas questões histórias e poucas vezes me senti presa ao enredo. Gosto imenso de história, também gosto muito de romances históricos (talvez os meus preferidos), no entanto, achei que os relatos históricos que Miguel Sousa Tavares fez, às páginas tantas, se tornavam enfadonhos, talvez por estar desejosa que o enredo ganhasse ânimo no capítulo seguinte. Li muitas páginas na transversal e isto acontece-me muitas vezes quando os livros começam a perder o interesse.
Apesar de tudo isto, é de reconhecer o trabalho de investigação do autor. Não deve ter sido fácil fazê-la, já que, a investigação abarca um período histórico muito conturbado e controverso que suscita ainda muitas polémicas. Refiro-me à Implantação da Republica, Estado Novo, Guerra de Espanha e 2ª Guerra Mundial. E sítios tão diferentes como o Alentejo e o Brasil. Visto assim, parece-nos muito rico em história e é-o, no entanto, é demasiadamente extenso e pormenorizado, na minha opinião.
Inevitavelmente, e sendo mais forte que eu, terei que fazer uma pequena comparação com o “Equador”. O “Rio das Flores” vale por si só e será sempre errado fazer comparações onde a única coisa que têm em comum é o autor e o seu estilo de escrita. No entanto, não poderei deixar de referir que o Equador é incomparável, único e muito melhor, sem dúvida alguma, que este último.

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